Organizações
e Instituições de 6 municípios e mais o distrito de Castelo de Sonhos
participam de Grupo de Trabalho de Apoio a Cadeia Produtiva de Meliponicultura
e Apicultura Do Tapajós - “GT MEL”
Os levantamentos dos
estudos e a organização da reunião de apresentação dos resultados em
Itaituba/PA, ocorrida no dia 04 de maio de 2018 foi apoiada pela Secretaria
Municipal de Agricultura e Abastecimento de Itaituba (SEMAGRA).
O projeto realizado
nos municípios paraenses de Santarém, Belterra, Mojui e Itaituba, teve por
objetivo geral avaliar parâmetros
físico-químicos, atividade antioxidante e antimicrobiana do mel produzido no
oeste do Pará e objetivos específicos: i) Avaliar a qualidade dos méis através de parâmetros físico-químicos;
ii) Comparar os parâmetros entre méis de
dois diferentes períodos do ano; iii) Identificar
compostos orgânicos presentes nas amostras; iv) Determinar a atividade antioxidante e v) Determinar a atividade
antimicrobiana.
Os métodos,
resultados e informações detalhadas do estudo podem ser consultados em: http://rvq.sbq.org.br/imagebank/pdf/PauloNoPrelo.pdf, porém vale
destacar que o mesmo traz a seguinte conclusão:
“Em
relação às características físico-químicas dos méis analisados neste trabalho,
observou-se que apenas 01 amostra de mel de Jandaíra e 11 de Apis mellifera apresentaram todos os
parâmetros físico-químicos avaliados (cor, pH, teor de umidade, cinzas e
açúcares redutores) em acordo com a legislação brasileira.
As
amostras J01, J02, J03, J05, J06, J07 e J08 apresentaram teores de umidade
maiores que 20%, a amostra J04 apresentou teores de açúcares redutores
inferiores a 65% e as amostras J01, J03 e J04 apresentaram possível presença de
adulterantes como dextrinas e/ou amido.
Entretanto,
como o teor de umidade máximo estabelecido na legislação brasileira refere-se
apenas a méis de Apis mellifera, é
necessária uma avaliação de um maior número de amostra de mel de Jandaíra a fim
de estabelecer uma legislação específica.
De
modo geral, metade das amostras de méis analisada apresentaram atividade
antioxidante superiores a 50%, sendo que os méis com colorações mais escuras
foram os mais ativos.
Vale
ressaltar que a adulteração dos méis implica em perda das suas propriedades benéficas,
diminuição da vida de prateleira bem como torna o alimento mais calórico, logo
é necessário uma maior fiscalização principalmente em feiras e mercados
municipais.”
Diante dos resultados apresentados, das condições favoráveis da região
para o desenvolvimento da atividade de meliponicultura e apicultura, bem como
pela necessidade de fortalecimento da cadeia produtiva do mel através de
realizações de projetos e pesquisas desta cadeia produtiva, um dos principais
encaminhamentos foi estabelecer um Grupo de Trabalho (GT) para discutir
estratégias de consolidação da atividade apícola na região do Tapajós e neste
sentido foi realizada uma reunião com os atores locais interessados em
participar deste espaço debate, denominado de GRUPO DE TRABALHO DE APOIO A
CADEIA PRODUTIVA DE MELIPONICULTURA E APICULTURA DO TAPAJÓS - “GT MEL”.
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GRUPO DE TRABALHO DE APOIO A CADEIA PRODUTIVA DE MELIPONICULTURA E
APICULTURA DO TAPAJÓS - “GT MEL”
A reunião de estabelecimento do “GT MEL”
proporcionou uma ampla discussão sobre a cadeia produtiva, onde foram
deliberados diversos aspectos para uma atuação estratégica frente às
necessidades de fortalecimento da cadeia apícola no Tapajós, conforme
detalhamento abaixo.
1.1
Definição e
Duração
O GRUPO DE TRABALHO DE APOIO A CADEIA PRODUTIVA DE MELIPONICULTURA E
APICULTURA DO TAPAJÓS - “GT MEL” é um arranjo organizacional e interinstitucional
para discutir as estratégias de desenvolvimento dos elos da cadeia produtiva
apícola na região do Tapajós e terá duração indeterminada.
1.2
Objetivo
Discutir, apoiar e desenvolver ações estratégicas que acelerem a
consolidação da cadeia produtiva apícola na região do Tapajós, promovendo renda
e alimento para os agricultores/as familiares e combatendo as adulterações e
irregularidades na comercialização do mel nos municípios do território.
1.3
Coordenação
e Composição
O GT MEL é coordenado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável do
Tapajós (Instituto Tapajós), o qual será responsável pela mobilização dos
atores, organização das reuniões e sistematização de dados e resultados
produzidos no âmbito do GT MEL.
O GT MEL poderá ser composto por diferentes atores, representantes organizações
da sociedade civil, instituições de governo, agricultores/as familiares,
indígenas, produtores/as rurais, comerciantes, estudantes, pesquisadores/as,
entre outros, sendo que a inserção ou exclusão no GT é dada de forma voluntária
e a qualquer tempo.
De acordo com a participação na reunião e mobilização de atores
atualmente é composto por 15 lideranças e gestores de organizações e
instituições listadas abaixo:
·
SECRETARIA
MUNICIPAL DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO DE ITAITUBA
·
INSTITUTO
TAPAJÓS
·
COOPEXTRAN
·
EMATER
·
IPAM-ITAITUBA
·
SEMAP-TRAIRÃO
·
REPRESENTANTES
DE AGRICULTORS FAMILIARES, PRODUTORES DE MEL E INDÍGENAS
·
CEPLAC-
TRAIRÃO
·
STTR-TRAIRÃO
·
CEPLAC-ITB
·
APAS –
CASTELO DE SONHOS
·
UFOPA
1.4
Funcionamento
O GT MEL se reunirá de forma ordinária, preferencialmente, 01 (uma) vez
por mês ou quando houver necessidade. A ausência do membro em 02 (duas)
reuniões seguidas caracterizará a desistência do membro, o qual estará
automaticamente excluído e deverá ser comunicado pela instituição coordenadora
do GT.
Deverá ser estabelecido tecnologias da informação e comunicação, visando
aproximar e facilitar os debates do GT. Inicialmente será criado um grupo de WhatsApp para fins específico de troca
de informações sobre a cadeia apícola. Além disso, foi recomendado que todos os
membros disponibilizem uma conta GMAIL para acesso compartilhado de inserção e
edição de documentos.
1.5
Estratégia
de Atuação
O GT MEL atuará com principal articulador de ações da cadeia apícola do
Tapajós e deverá buscar e propor soluções com vista a consolidação desta cadeia
produtiva. Inicialmente, ficou deliberado que a atuação compreenderá um
processo de diagnostico da cadeia e priorizará a discussão sobre aspectos
ligados a pesquisas, projetos, beneficiamento e comercialização.
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